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Uma perspectiva cristã: O que significa “não jogar pérolas aos porcos”?

Muitas pessoas estão familiarizadas com a expressão “Não jogue pérolas aos porcos”. Essa frase traz várias interpretações, inclusive a oportunidade de explorar uma verdade mais profunda contida nessa máxima e aplicá-la em nossas vidas cotidianas.

Refletindo sobre nossas escolhas

A história de Sansão na Bíblia exemplifica vividamente o princípio de não desperdiçar recursos valiosos. Desde o ventre de sua mãe, ele estabeleceu um convênio com Deus, o que o tornou forte e determinado. Seu cabelo era o símbolo dessa aliança, e cortá-lo significaria quebrar sua ligação divina.

No entanto, sua teimosia o levou a se casar com Dalila, uma mulher do povo inimigo. Dalila, traiçoeira e com intenções ocultas, perguntou a fraqueza à Sansão e ele revelou a ela, o que a fez contar ao povo inimigo dele. Quando seu cabelo foi cortado, Sansão foi deixado em uma condição lamentável.

De vez em quando, podemos nos encontrar nesse cenário, nos sentindo traídos por pessoas em quem tínhamos uma enorme admiração. No entanto, por que permitimos tal decepção? Por que observamos que as pessoas de boa índole são frequentemente o maior alvo de julgamento em nosso mundo contemporâneo?

Reconhecendo “pérolas” em nossas vidas

Uma escritura aplicável nesta situação é Mosias 3:19 que diz:

“Porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre; a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor […]”

A natureza humana anseia por conhecimento, seja bom ou ruim. Uma interpretação das escrituras sugere que, desde a queda, temos sido inimigos de Deus, pois agora discernimos entre o bem e o mal, e nossa tendência natural é para o mal. Nossa busca incessante por conhecimento muitas vezes nos sobrecarrega com o peso do que compreendemos e comunicamos.

As ‘pérolas’ referem-se a informações valiosas ou altamente confidenciais que descobrimos, seja sobre outras pessoas, sobre nós mesmos, ou até mesmo sobre revelações pessoais ou assuntos confidenciais no trabalho. Essas são coisas que não devem ser compartilhadas indiscriminadamente, mas sim reservadas para aqueles que possuem a autorização ou confiança necessárias. No entanto, há pessoas que revelam essas ‘pérolas’ a indivíduos que não deveriam.

Quem são os “porcos”?

Quando compartilhamos informações de grande importância com outras pessoas, esses detalhes podem rapidamente perder seu valor e se tornar banalidades. Portanto, as pessoas mal-intencionadas podem distorcer e ampliar tanto revelações sobre nós mesmos quanto sobre terceiros, resultando no que conhecemos como maledicência ou fofoca.

Aqueles que propagam esses rumores muitas vezes exageram ou distorcem a história original, transformando-a em algo prejudicial. No entanto, mesmo seguindo esse princípio, é comum que essa fofoca inicial cresça. Essa bola de neve de rumores pode acabar por arruinar não apenas a vida daqueles que espalharam a fofoca, mas também da vítima envolvida.

Devemos estar atentos para não permitir que nossa natureza impulsiva e carnal domine nossas ações, mesmo que o ato de fofocar tenha se tornado algo habitual. Os ‘porcos’ são aqueles que deliberadamente utilizam essas informações confidenciais para causar danos, mas devemos reconhecer que também podemos ser culpados desse comportamento se não formos cuidadosos em nossas interações.

Em Tiago 4:11 no Novo Testamento aprendemos um conselho simples e direto:

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros”

Protegendo a integridade

Pérolas são preciosas; se as recebemos, devemos guardá-las para um bem maior. Seja para o bem-estar de uma pessoa ou para o nosso próprio benefício, é crucial sermos cautelosos e pacíficos ao lidar com essas informações.

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.” (Mateus 6:19-20)

Mesmo que um dia seja necessário utilizar nossas pérolas, devemos fazê-lo de forma responsável e construtiva. Se por acaso já agimos como porcos, é hora de deixar de lado esse “falso tesouro” em nossas vidas e seguir o conselho do Salvador, que nos exorta a falar e ouvir coisas boas e edificantes, em vez de nos envolvermos em exageros e futilidades que não nos beneficiam em nada.

O ditado ‘Não jogue pérolas aos porcos’ é verdadeiro, pois seguir o caminho do mal nunca será benéfico. É imperativo buscarmos sempre o caminho do bem e da integridade.

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Posto original de Maisfé.org

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